Somos

Cada minuto é um mistério enquanto a vida realiza infinitos círculos que nos conduzem a mudanças.

Cada coisa tem vida e pulsa e expele energia. Vão assim perenemente explodindo o que são: arco-íris, gaivotas, luas, mares, ruas...

Somos levados pelo embalo dos ventos e os contra-tempos nos contornam em desalinhos.

Somos pergaminho registrando nossa própria história.

Computadores sim. Alucinantes máquinas que revelam sem nunca ter vivido, reproduzindo sem nunca ter criado asas ou fogo.

E vamos.

Tudo muda. Tudo estampa a esperança E ela é menina sempre recém-nascida, sempre colorida.

O medo é uma grande flecha que nos perspassa o coração.

Quando em vez somos assaltados pelos nossos próprios monstros que nos roubam o sentimento e a coragem. Nos recuperamos, contanto, camaleões que somos furtando a cor de cada situação.

Tudo nos desconcerta, porém nada nos consome totalmente.

Somos gente e por fim somos lunáticos, aquáticos. Celestiais.

Apaixonados terrestres a viajar os céus e mares abissais.

Somos assim filhos do não e do sim.

E cada minuto é um mistério sem ter fim.